Desenvolvimento florestal
Pesquisa aplicada na área operacional
Em 2024, o foco da área de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal foi permitir que a tecnologia desenvolvida em anos anteriores fosse efetivamente aplicada na área operacional, trazendo ganhos em produtividade e na qualidade das florestas. Um exemplo dessa bem-sucedida estratégia foi o índice recorde alcançado pelo programa de plantio com clones Klabin de alta produtividade. A integração entre as áreas de Silvicultura, P&D e Suprimentos permitiu que 65% dos plantios de eucalipto realizados no ano fossem feitos com material genético (clones) próprio desenvolvido internamente, superando a marca de 2023 (46%). Para 2025, a expectativa é ainda mais ambiciosa: plantar 100% das florestas com clones Klabin.
Mais produtividade
Clones Klabin têm potencial de crescer de 58m³ a 60m³/hectare por ano, enquanto materiais antigos produzem de 50m³ a 52m³/hectare.
Novos clones
Caracterização e seleção de novos clones para atender as estratégias de produção de novos híbridos a médio e longo prazo, visando ao enfrentamento das mudanças climáticas.
Outro destaque foi a evolução da produção de famílias superiores de pínus no viveiro próprio da Klabin, em Telêmaco Borba (PR). Isso se deu pelo aumento da produção via propagação vegetativa, técnica de reprodução assexuada de plantas. Para chegar a esse resultado, anos de pesquisa foram conduzidos, de modo a identificar os melhores cruzamentos dentro do gênero Pinus, para que estes fossem reproduzidos em escala comercial. A implementação desse projeto iniciou-se ainda em 2023, com o plantio das matrizes em viveiro e a coleta dos primeiros brotos. A Klabin também avançou no desenvolvimento de fornecedores para aumentar a produção a partir de parcerias estratégicas com viveiros de referência. Tudo isso resultou no aumento do plantio de materiais genéticos de pínus superiores, com maior potencial produtivo.
técnica de clonagem in vitro que permite a formação de embriões a partir de células somáticas, ou seja, das células que formam a maior parte do corpo da planta e que não são células reprodutivas (gametas) ou células germinativas. Essa técnica permite produzir grande número de embriões em um espaço limitado.
Mudas de pínus em viveiro da Klabin.
A Klabin mantém parceria com a Sociedade de Investigações Florestais (SIF) e com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), principais organizações de pesquisa florestal no Brasil. A cooperação entre a academia e diversas empresas é fundamental para a evolução dos negócios do setor. Esses projetos cooperativos permitem, além de benchmarking entre as empresas, a implantação de experimentos em vários locais do Brasil, o que gera informações de diferentes espécies de Eucalyptus e Pinus em grande parte do território nacional.
Em 2024, em parceria com a SIF, o IPEF, a Ibá e mais dez empresas brasileiras, foi iniciada a implantação de unidades de conservação de 34 espécies de Eucalyptus. O objetivo do projeto é criar um banco de conservação genética, proporcionando a preservação da variabilidade genética das espécies ao longo do tempo e assegurando uma fonte de material genético para características que podem ser essenciais no futuro, mesmo que hoje ainda não sejam plenamente identificadas. Um bom exemplo disso são as futuras variações climáticas, que podem impactar a eficiência no uso da água, a resistência a novas pragas e doenças e, até mesmo, possibilitar novos usos da madeira.
Atenção aos impactos das mudanças climáticas
O monitoramento dos eventos climáticos e dos meios de minimizá-los é uma prática constante na Klabin. Por meio de projetos de melhoramento genético, são selecionados genótipos superiores, garantindo mais resistência e maior produtividade. Paralelamente, os projetos da área de manejo silvicultural aplicam as melhores práticas para o desenvolvimento e a otimização dos recursos destinados a esses materiais genéticos. A gestão de riscos climáticos avalia constantemente todas as áreas da empresa, buscando estratégias para mitigar eventuais impactos. Estudos sobre o desempenho ecofisiológico dos clones analisam sua reação diante de condições externas adversas, como excesso ou escassez de chuva, e indicam a melhor alocação dos materiais genéticos para tolerar ou resistir a eventos extremos. Outra iniciativa contínua é o monitoramento específico de novas pragas. Para isso, a Klabin conta com uma rede de parceiros, fundamental para a troca de informações e a rápida identificação de potenciais ameaças tanto no Brasil como no exterior.
Atenta à emergência climática, ainda em 2024, a Klabin avaliou uma nova metodologia de seguro de florestas, levando em consideração a oscilação de temperatura nas áreas, entre outros aspectos.
Reconhecimento
A Klabin participou do The Marcus Wallenberg Prize, prêmio sueco que reconhece iniciativas de desenvolvimento técnico no campo da indústria florestal. Letícia Miranda, pesquisadora da Companhia, esteve entre os 30 jovens cientistas selecionados em todo o mundo e apresentou seu trabalho de doutorado desenvolvido com o gênero Corymbia, planta da mesma família do eucalipto, no evento Young Researchers Challenge.
Foto: Johan Gunséus
Inovação em campo
Após anos de pesquisas e testes, em 2024, a Klabin, em parceria com a empresa Plantma Forestry, da Suécia, e seu Dealer Timber, do Brasil, desenvolveu a Plant Max, plantadeira automática capaz de fazer o plantio de mudas, a irrigação e a adubação. Duas plantadeiras foram adquiridas e entram em operação em 2025.
A Companhia também vem aprimorando o uso de drones nas plantações para aplicação de herbicidas em áreas com declividade e para aplicação de fertilizantes e defensivos. Estudos estão sendo feitos para avaliar em quais áreas a tecnologia pode ser usada.
Parceiros
As instituições com as quais a Klabin manteve parceria em 2024 foram as seguintes:
